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Irmã Dulce: um espetáculo

15 de May de 2006
O despertar da vocação religiosa, a relação familiar, a construção de suas Obras e todos os momentos marcantes da vida da freira baiana que era conhecida como Anjo Bom e Mãe dos Pobres, vão ser encenados a partir do dia 02 de junho na peça Irmã Dulce: um ato de Deolindo Checcucci. O espetáculo será montado no espaço que hoje abriga a Igreja da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, onde até a década de 70 funcionava o Cine Roma, na Cidade Baixa. Com a peça, o prédio do antigo cinema irá reviver seus dias de cine-teatro para narrar a trajetória de amor e doação aos mais carentes vivida por Irmã Dulce. A montagem de Deolindo Checcucci, que dirigiu também peças teatrais sobre a vida do roqueiro Raul Seixas e do rei do baião Luiz Gonzaga, terá uma temporada de três meses em Salvador. As apresentações vão ocorrer de sexta a domingo, sempre às 20h - haverá um total de 36 encenações na capital. Nesse período, espera-se atingir um público de 16 mil pessoas. Cada ingresso será trocado por dez notas ou cupons fiscais que serão revertidos às Obras através da campanha Sua Nota é um Show de Solidariedade, da Secretaria Estadual da Fazenda. A troca das notas por ingressos acontecerá a partir do dia 15 de maio, no Shopping Piedade. Contar a história de Irmã Dulce tem uma grande importância para a continuidade de suas obras sociais. Na visão de Deolindo Checcucci, Irmã Dulce foi uma visionária que se entregou à missão de combater a miséria entre os homens. "Irmã Dulce foi precursora de uma política social que é referência para muitas ações hoje de organizações independentes e oficiais", destaca. Na avaliação do diretor, o resgate de um personagem de tão grande importância no cenário histórico nacional contribui para a valorização e fortalecimento da identidade cultural brasileira. A forma como Deolindo Checcucci narra a saga do Anjo Bom reaviva expressões artísticas nordestinas: a tradição do cordel norteia a narração em Irmã Dulce. "Os tipos populares que habitavam e ainda habitam as nossas esquinas dão corpo à narrativa, entremeada com as ações onde a personalidade inesquecível de Irmã Dulce é revelada". Nos meses de setembro, outubro e novembro, a peça vai cumprir temporada no interior da Bahia nas cidades de Jequié, Vitória da Conquista, Feira de Santana, Ilhéus, Itabuna e Santo Amaro da Purificação. Nessa etapa, espera-se que, em outras 36 apresentações, mais 22 mil pessoas assistam ao espetáculo. Nesses locais, os ingressos custarão R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia).Os valores serão revertidos a OSID. O projeto do espetáculo, que conta com o patrocínio da Coelba e apoio do Governo do Estado da Bahia, visa ainda fortalecer junto aos estudantes de escolas públicas e particulares da Bahia a importância histórica de Irmã Dulce. Para isso, planeja-se levar a esses públicos a peça, de forma que o espetáculo cumpra outra meta que é a de conscientizar. O espetáculo tem direção musical de Luciano Bahia, cenografia e figurino de Euro Pires e iluminação de Luciano Reis. O elenco é composto de dez atores. O papel de Irmã Dulce vai caber à atriz Ana Carla Lira, da Escola de Teatro da Ufba.
Irmã Dulce: um espetáculo