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Pequenos descobrem legado de amor de Dulce dos Pobres

01 de September de 2014

Do alto dos seus 6 anos de idade, Maria Clara Lima responde, sem pestanejar, ao ser indagada sobre o que mais gostou em Irmã Dulce: “A parte que eu adorei mais foi que ela ajudou muitas pessoas”. Assim como Clarinha, dezenas de crianças estão descobrindo e se encantando com o legado de amor e caridade do Anjo Bom, que vem sendo compartilhado com os pequenos no Memorial Irmã Dulce (MID), situado no Largo de Roma, através do projeto Irmã Dulce: um diálogo com a educação, que envolve estudantes de escolas municipais, estaduais e particulares, entre outras instituições educacionais.  

Por meio de contação de histórias, jogos educativos, oficinas lúdicas (pintura de desenhos, caça-palavras e produção de cartinhas) e exibição de vídeo, os meninos e meninas, com idade de 2 a 16 anos, conhecem um pouco da freira que dedicou sua vida àqueles que mais precisavam, que tinha uma boneca de estimação, gostava de futebol e de tocar sanfona. Guiados pela coordenadora do projeto, a artista plástica e arte-educadora Mônica Silva, além de monitores do MID, os pequenos visitantes percorrem o MID – exposição permanente que reúne mais de 800 peças que ajudam a preservar e manter vivos os ideais da religiosa, a exemplo de objetos pessoais, fotografias, documentos, livros e maquetes. O tour inclui também a Capela das Relíquias – espaço que abriga o túmulo da religiosa, também dedicado a agradecimentos e pedidos dos fiéis e admiradores. Dos menores aos grandinhos, a interação e participação nas atividades impressionam. 

“São crianças que vivem em um contexto muito duro, difícil, muitas vezes violento, e trazer para eles uma personalidade como Irmã Dulce torna-se ainda mais valioso. Essas visitas são uma forma de resgatar valores como bondade, caridade, o fazer o bem. Precisamos mostrar esses exemplos positivos, pois eles vivem cercados de referências negativas”, observa a professora Gladys Brito Coelho, que acompanhava no MID seus alunos de uma escola situada no bairro de Engomadeira. “Estamos trabalhando em um projeto de valores em sala de aula e o personagem que mais têm chamado a atenção dos alunos é a Dulce dos Pobres”, acrescenta a educadora.

Referência - A ideia do projeto Irmã Dulce: um diálogo com a educação é criar uma verdadeira teia em que os jovens e as futuras gerações possam compreender a importância do Anjo Bom como referência de amor ao próximo, solidariedade, harmonia, tolerância, respeito à diversidade e resgate da autoestima. “Durante as visitas, nos diálogos com as crianças, a ideia é aproximar Irmã Dulce o máximo possível delas. Nos jogos, por exemplo, as peças possuem temas ligados ao legado da freira, como gestos de solidariedade, para assim estimularmos o conhecimento e aprendizado de valores de forma lúdica e reflexiva. Eles nos trazem suas vivências e nós também procuramos contextualizar as histórias com temas como sustentabilidade, identidade e raças”, explica a coordenadora Mônica Silva. Através do programa, lançado em abril, a expectativa é que em torno de 2.500 estudantes visitem o Memorial até o final do ano. 

Pequenos descobrem legado de amor de Dulce dos Pobres