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Para ficar na memória e no coração

18 de May de 2015

Depois de um ano inteiro de boas novas e de homenagens para marcar o centenário de nascimento de Irmã Dulce, o encerramento da festa não poderia ser de outra forma senão sob o olhar, orações, sorrisos, lágrimas e agradecimentos de seus filhos e filhas. O Anjo Bom do Brasil ganhou um dia repleto de celebrações, com sua casa, o Santuário da Bem-Aventurada, lotada de fiéis e admiradores de sua vida e obra a compartilhar cenas da mais profunda fé e devoção (veja abaixo galeria de fotos do domingo).

Durante a missa solene, último ato das comemorações de ontem (dia 17), o presidente da celebração, Dom Murilo Krieger, arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, ressaltou em sua homilia que Irmã Dulce seguiu divulgando a palavra de Jesus ao construir uma vida inteiramente dedicada aos mais necessitados. “Irmã Dulce testemunhava debruçando-se sobre as pessoas, especialmente aquelas que não tinham ninguém para olhar por elas. Ela foi para Alagados, para as periferias de Salvador, porque sabia que havia irmãozinhos que precisavam de acolhida. Ia para levar amor, esperança, conforto. Porque muito mais importante que o pão que ela dava, o cuidado médico, era o amor que ela transmitia. Ela nos deixou o anúncio de que Jesus está precisando de pregadores e esse é o grande desafio das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID): anunciar Jesus com gestos concretos, assumindo as preocupações que nossos irmãos têm e que tornamos nossas. A OSID procura, da forma que é possível, participar da vida da sociedade, lançando o olhar para os mais necessitados”.  

A missa solene teve como concelebrantes frei Vandeí Santana, reitor do santuário, e frei Mário Erky, capelão da OSID, dentre outros frades capuchinhos. A celebração contou também com as presenças do vice-governador da Bahia, João Leão; da irmã Rosa Aparecida, que atua na Paróquia de Sant`Ana, sede da Arquidiocese de Feira de Santana; de Ana Maria Lopes Pontes (irmã da Bem-Aventurada), além de conselheiros, funcionários, pacientes, moradores, alunos, religiosos, sócios protetores e voluntários das Obras Sociais Irmã Dulce. Participaram ainda da missa o presidente do Conselho de Administração da OSID, Ângelo Calmon de Sá e os conselheiros Manoel Castro, João Carlos Telles e Edmilson Pinho, acompanhados, respectivamente, de suas esposas Anna Maria Sá, Neusa Castro, Lívia Amado e Rosana Pinho.

Entre os momentos mais marcantes da celebração, destaque para o Ofertório Simbólico, ocasião em que foram levados ao altar representantes daqueles que, ainda hoje, ajudam na manutenção do “Império de Amor” construído por Irmã Dulce: Conselheiros, representados por Ângelo Calmon de Sá, presidente do Conselho de Administração da OSID, trazendo a Ata de Fundação da instituição, símbolo da nomeação e da sua pertença à casa; Voluntários, representados por Maria Jocely Dórea e pelo menino Gabriel Weber, trazendo um relógio em forma de coração, símbolo do tempo e amor doados às Obras Sociais; Sócios protetores, representados por Jorge Weber, trazendo a carta e um boleto, símbolos do cuidado, da partilha e da preocupação com as necessidades da OSID; Benfeitores, representados pelo vice-governador do Estado, João Leão, trazendo nas mãos um tijolo, símbolo da colaboração e da generosidade na construção e manutenção do legado de Irmã Dulce; e, por fim, Funcionários, representados pelo colaborador Roque Cesar Pereira de Jesus, trazendo o fardamento e o crachá, símbolos não só de pertença, mas de identidade e de identificação com o projeto de Dulce dos Pobres de “Amar e Servir”. A agenda festiva do encerramento do centenário da Mãe dos Pobres incluiu ainda a missa dominical da manhã, celebrada por frei Vandeí Santana, seguida da exposição da relíquia da beata, além da exposição e bênção do Santíssimo.

Entre as centenas de devotos presentes à missa solene estava Ofélia Machado, que contou que desde criança aprendeu a admirar o Anjo Bom. “Passei minha infância na Cidade Baixa e tenho lembranças de Irmã Dulce recolhendo pessoas nas ruas. Depois que pedi a ela e alcancei a graça de ter me curado de um problema de coluna que me deixou acamada por quatro meses, minha devoção só fez aumentar. A Bem-Aventurada é minha verdadeira santa e protetora”, relatou a dona de casa, moradora da cidade baiana de Esplanada, que carrega no peito a medalha com a imagem da freira e na bolsa os santinhos com a oração de Irmã Dulce. Dona Ofélia conta que faz questão de participar de todas as celebrações em homenagem à beata e que já organizou até caravana para a cerimônia de beatificação, em 2011, e para a missa campal de abertura do centenário, em maio do ano passado.

Ao final da celebração, a superintendente da OSID, Maria Rita Pontes, destacou duas realizações que marcaram profundamente as comemorações dos 100 anos de nascimento da freira baiana: o filme Irmã Dulce e a inauguração da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) Nossa Senhora de Fátima. “O longa-metragem permitiu que milhares de pessoas conhecessem mais de perto a vida e a obra da Mãe dos Pobres e como resultado imediato registramos o aumento significativo do número de visitantes ao Memorial Irmã Dulce e ao seu santuário. Já o centro de oncologia, que, em sua capacidade plena, atenderá 4 mil pacientes por mês, é com toda certeza o melhor presente que poderíamos dar ao Anjo Bom em seu aniversário”, comentou Maria Rita, anunciando ainda outros acontecimentos previstos para o final de 2015 até o início de 2016, a exemplo da requalificação da Praça Irmã Dulce. “Vamos em frente, sem temer o futuro, porque onde existe amor, união, solidariedade, perseverança, compromisso, esperança e fé, Deus provê e o povo ajuda”, finalizou. Depois da missa também foi exibido um vídeo com um depoimento da atriz Bianca Comparato, que viveu Irmã Dulce nos cinemas, parabenizando o trabalho das Obras Sociais e a Bem-Aventurada pelo seu aniversário de 100 anos.

Para ficar na memória e no coração