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Belas homenagens marcam a celebração dos 25 anos de falecimento de Irmã Dulce

16 de March de 2017

Uma chuva de pétalas de rosas sobre o túmulo de Irmã Dulce veio saudar o final da tarde e anunciar a noite de homenagens pelo 13 de março de 2017, data em que se completaram exatos 25 anos do falecimento do Anjo Bom da Bahia. O momento singelo, que foi antecedido de uma oração, se juntou a muitos outros registros cercados de beleza, fé e emoção ao longo de todo o dia, que deixaram mais uma vez a certeza de que, passadas duas décadas e meia da despedida da Mãe dos Pobres, ela e sua obra de amor continuam vivas entre devotos, admiradores e a legião de filhos e filhas da freira baiana.

Com belas manifestações de devoção ao Anjo Bom, o ponto alto do dia foi a missa solene, no Santuário da Bem-Aventurada Dulce dos Pobres, que reuniu milhares de fiéis e admiradores da vida e obra de Irmã Dulce e também funcionários, conselheiros, pacientes, moradores, alunos, voluntários, religiosos e parceiros das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), além de amigos e familiares da beata. Muitos “filhos de Irmã Dulce”, como eram chamados os acolhidos pela religiosa em seu orfanato, também foram prestar homenagem. Presidida pelo arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, e concelebrada por diversos bispos, frades capuchinhos e padres diocesanos, a celebração mostrou que todos estavam ali não para falar de ausência, mas sim da presença de Dulce dos Pobres e do desejo de que suas Obras Sociais continuem sempre de portas abertas para todos que precisarem. 

Em sua homilia, Dom Murilo recomendou aos féis que sigam os exemplos da beata de sempre ajudar os mais necessitados e destacou a importância de perpetuar a sua obra: “Levar a obra social de Irmã Dulce adiante é uma responsabilidade. Irmã Dulce nos deixou esse legado, com o diferencial de ter colocado amor naquilo que ela procurou fazer a cada dia. Cabe-nos tomar consciência dessa herança e tentar desabrochá-la, cada um de nós fazer florescer essa herança”.  

Feliz em ver a casa cheia e com tantas homenagens à Bem-Aventurada, a superintendente da OSID, Maria Rita Pontes, falou sobre a alegria de ver que a obra do Anjo Bom não só se manteve como continuou crescendo ao longo desses 25 anos. “Nós continuamos ampliando e sempre seguindo os passos de Irmã Dulce na missão do Amar e Servir, com a mesma humanização, o mesmo carinho e o mesmo amor. Esperamos que seja para sempre assim, que Irmã Dulce continue tocando o coração das pessoas e que a obra continue sempre viva para que ela também continue viva na memória das pessoas”.

Quer fosse agradecendo por uma graça alcançada, fazendo um pedido ou simplesmente celebrando o momento de homenagens, muitos ali estavam na certeza de um encontro marcado com o Anjo Bom. Bastante emocionada, a aposentada Joselice Souza veio agradecer a cura do filho, que era dependente do álcool e se tratou nas Obras Sociais. “A minha glória é meu filho ter deixado de beber eternamente. Agradeço todos os dias a Irmã Dulce, que sempre lutou pelos pobres e continua fazendo por nós e pelos que mais precisam”. 

Memória e sonhos - Entre os momentos marcantes da celebração esteve o ofertório, que levou ao altar objetos importantes relacionados à trajetória das Obras Sociais Irmã Dulce e de sua fundadora: miniatura de mobiliário do Santuário de Irmã Dulce, simbolizando a aquisição dos mais de cem bancos do espaço durante a campanha liderada por dona Dulcinha, irmã querida do Anjo Bom, no ano de 2006; decreto original oficializando a Beatificação da Bem-Aventurada Dulce dos Pobres, emitido pela Santa Sé, em 22 de maio de 2011; punhado de terra recolhido no “Campo dos Sonhos”, local onde foi erguida a Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) Nossa Senhora de Fátima, inaugurada em 2015; foto da família de Irmã Dulce, com destaque para a imagem de dona Dulce, mãe da freira, que dará o seu nome à futura Unidade de Acolhimento para Pacientes Egressos da Oncologia; e um instrumento cirúrgico, conduzido por uma médica, simbolizando a concretização do sonho de construção da 11ª sala de cirurgia do Hospital Santo Antônio.  

Outra passagem de grande emoção durante a missa foi a entrada da relíquia da Bem-Aventurada ao som da Ave Maria, executada pela Orquestra Irmã Dulce, formada por estudantes do Centro Educacional Santo Antônio (CESA), escola fundada pelo Anjo Bom. Encerrando a belíssima noite, o padre Antônio Maria cantou Anjo Azul dos Alagados, música que compôs para a grande amiga Irmã Dulce. A canção, que já virou um hino em homenagem à freira, fala de três grandes características da religiosa: força, serviço e dedicação aos pobres e mais necessitados. 
     
Presenças – Na missa solene também estiveram presentes o prefeito de Salvador, ACM Neto; o vice-prefeito, Bruno Reis; a chefe de gabinete do vice-prefeito, Ana Paula Matos; o secretário estadual da Saúde (representando o governador da Bahia, Rui Costa), Fábio Vilas-Boas; o ex-governador César Borges e família; o secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, José Vivaldo de Mendonça Filho; o secretário municipal de Cultura e Turismo, Cláudio Tinoco; a cônsul geral de Portugal em Salvador, Nathalie Viegas; o presidente do Conselho das Obras Sociais Irmã Dulce, Ângelo Calmon de Sá, acompanhado da esposa; os conselheiros da OSID, Lise Weckerle, Rosemma Maluf, Irmã Floraci Vieira Barros, Joana Arcoverde, Edmilson Pinho, João Carlos Telles, Dermeval Gusmão, Emilton Rosa, Helton Rosa, Manoel Castro e José Carvalho (os quatro últimos acompanhados das respectivas esposas). 

Também participaram da cerimônia a escritora Mabel Veloso; o ouvidor da Secretaria Municipal do Trabalho, Esportes e Lazer (Semtel), Anderson Alves Barreto; a coordenadora do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae / Bahia, Tatiana Martins; a presidente da Associação Baiana de Deficiente Físicos (Abadef), Maria Luiza Câmara; a superintendente do Instituto Antonio Carlos Magalhães de Ação, Cidadania e Memória (IACM), Claudia Vaz; o arquiteto Luiz Antunes; a presidente de honra da Liga Álvaro Bahia Contra a Mortalidade Infantil, Rosina Bahia; a presidente da Real Sociedade Espanhola de Beneficência, Nieves Gonzales; o diretor de Televisão da Rede Bahia, João Gomes; o jornalista Valber Carvalho; o empresário e amigo das Obras, responsável pela “Turma do Papai Noel”, Antônio Garrido; a irmã da Bem-Aventurada, Ana Maria Lopes Pontes e as sobrinhas da freira, Marta, Graça e Dulce Lopes Pontes, entre outras autoridades, amigos e parceiros das Obras Sociais Irmã Dulce e do Anjo Bom da Bahia. 

Dia de celebrar - As homenagens à Bem-Aventurada Dulce dos Pobres começaram cedo, às 7h, com uma missa presidida por frei Giovanni Messias, reitor do Santuário de Irmã Dulce, celebrada na Capela Santo Antônio, lugar de grande significado na história do Anjo Bom. Depois, às 9h, foi celebrada a Missa de Irmã Dulce, que integra a programação mensal do santuário todo dia 13. Os devotos que assistiram à missa presidida por frei Mário Erky, capelão da OSID, continuaram reunidos na igreja para a Oração das Mil Ave-Marias e, com muita fé, demonstraram sua devoção à Mãe dos Pobres também durante a Adoração ao Santíssimo Sacramento, com muitos cânticos e orações. Os fiéis se emocionaram com a chegada da relíquia da beata ao santuário e, ao final da celebração, acenderam velas pedindo luz para o Anjo e sua obra. Depois, seguiram para a Capela das Relíquias, onde ornaram seu túmulo com rosas coloridas.

Belas homenagens marcam a celebração dos 25 anos de falecimento de Irmã Dulce